Como o nome já implica, vírus da imunodeficiência Humana (HIV – Human Immunodeficiency Virus) é um vírus. Mas o que diabos é um vírus?
Como já diria a boa e velha Wikipedia:
Vírus (do latim virus, “veneno” ou “toxina”) são pequenos agentes infecciosos (20-300 ηm de diâmetro) que apresentam genoma constituído de uma ou várias moléculas de ácido nucleico (DNA ou RNA), as quais possuem a forma de fita simples ou dupla.
Calma que já explico melhor.
Um componente importante do vírus é que ele usa de um organismo vivo pra fazer cópias dele mesmo. Aliás, ele nem é considerado um organismo vivo por causa disso, por si só ele não consegue se “procriar”.
Do que é feito um vírus
- RNA: O RNA é uma fia de proteína que é um dos principais blocos de qualquer organismo. O papel do RNA é transportar informações genéticas para onde novas proteínas estão sendo criadas.
- DNA: DNA é uma fita (dupla!) de proteína que contém todas as informações genéticas pra criação de um organismo. A informação nessa fita dupla de DNA que faz um vírus um vírus, um macaco um macaco ou você, você.
Através de reações químicas o DNA vira RNA o tempo todo, como se fosse uma linha de montagem. O HIV no caso, é um retrovirus, tornando-o capaz de tornar RNA em DNA, uma manobra safada pra fazer mais cópias dele mesmo.
O Ciclo de vida do HIV
Entrada no organismo: Antes de replicar, o vírus do HIV precisa entrar no organismo. Isso acontece pelos meios de transmissão que você já conhece: através de contato sexual, seringas contaminadas com sangue, de mãe para filho, etc.
Ligação viral: como qualquer vírus, o HIV precisa de um anfitrião. No caso do ser humano uma célula chamada CD4 ou T-Cell, uma célula do nosso bem importante do nosso sistema imunológico. Assim que entra nosso organismo o HIV procura essa célula pra se acoplar a ela, quase como se fosse uma chave e fechadura.
Fusão viral: Assim que acoplada a célula
hospedeiraanfitriã, o HIV injeta material genético dele na célula infectada, criando uma espécie de túnel pra poder ter acesso irrestrito a célula de CD4.Tirando o casaco: pra que o HIV possa utilizar seu material genético (RNA) na reprodução, ele precisa tirar o revestimento que protege o RNA da célula anfitriã CD4. Não se sabe muito sobre como essa etapa é feita, mas sem ela não existiria a replicação do vírus no nosso organismo.
Transcrição reversa: agora que a fita de proteína RNA está dentro da célula CD4, ela precisa se converter em DNA pra replicar. Isso acontece com a ajuda de uma proteína chamada Transcriptase reversa. Esse processo usa proteínas da célula CD4 pra permitir o processo contrário (RNA para DNA) de uma reprodução de vírus padrão. O resultado é um DNA com todas as informações necessária para continuar para a próxima etapa.
Integração: Pra usar a célula (CD4) pra replicação, o HIV precisa integrar seu DNA novinho em folha no núcleo de uma célula CD4, essa parte da célula é considerada o cérebro, contendo todas as informações de RNA e DNA. Com a ajuda de uma pequena enzima (Enzimas são proteínas que começam ou ajudam uma reação química a acontecer) chamada retroviral integrase. Com isso o vírus se aloja na célula CD4 com sucesso.
Incubação: Depois de tudo isso o HIV fica incubado esperando a célula anfitriã produzir mais proteínas.
Cereja do bolo: Assim que o período de incubação acaba, as proteínas precisam ser cortadas em pedaços e novas partículas de HIV criadas. Isso tudo ocorre com a ajuda de mais uma enzima protéica chamada protease. Essa enzima corta as proteínas em partes menores pra permitir que o HIV vire novas partículas.
Parceria: Depois de tudo isso (ufa!) o vírus está pronto para a sua etapa final. Agora com seu próprio material genético, roupas novas e maquiagem pronta pra balada, o HIV está pronto pra dizer tchau pro seu anfitrião (a célula CD4) e passear pelo organismo da pessoa infectada sozinho. Com essa ele está na pista pronto pra procurar outra célula CD4 e começar tudo de novo, e de novo…
Só que isso não acontece de graça, a célula CD4 utilizada desde o começo pra ajudar nessa festa, agora está morta e as consequências para o organismo começam a aparecer. Isso acontece milhares de vezes em níveis absurdos e com consequências devastadoras para o organismo caso você não saiba que está infectado e se trate.
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